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HISTÓRIA

FLOYD IMPORTS - 1963-1977

1962

A Associated Motorcycles Co – AMC, então proprietária da Indian Sales Corp.-ISC, vendeu os direitos da marca Indian para Joseph Berliner, da Berliner Motor Coporation, distribuidor de motos de New York que operou até os anos 1980.

Esses direitos diziam respeito basicamente ao uso da marca Indian, visto que eventuais patentes industriais estariam caducas e em domínio público.

Berliner era um imigrante húngaro egresso dos campos de concentração nazista, que aprendera mecânica com seus irmãos cuidando dos veículos do exército alemão. Quando foi liberado, fixou-se nos Estados Unidos e passou a importar motocicletas européias, no que foi beneficiado pelos contatos que tinha na Europa. Apesar de ter adquirido legalmente os direitos do nome Indian, nunca o utilizou.

 

Foto: Joseph e Michael Berliner
 

1962Joseph_and_Michael_Berliner_-_Berlin
1965

Sammy Pierce, conhecido como Mr. Indian, foi um aficcionado por motociclismo em geral, e um dos maiores apaixonados pela marca Indian. Nascido em 1913, em Kansa City, no Missouri, foi piloto de corridas, dublê, mecânico hábil e designer, sem nunca ter frequentado aulas especializadas, como era muito comum na época.

Serviu na Marinha durante a 2ª Guerra, e após se desligar conseguiu a representação de venda de motos Norton na California.  Seus feitos como designer e mecânico ganharam fama nas páginas da Cycle Magazine, a maior publicação sobre o assunto da época.

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1965

P-61 ROCKET

Usando partes de uma Indian 841 militar (Scout) e de outras motos Indian Chief, e combinando partes de vários veículos (inclusive carros), ele começou a montar um modelo totalmente novo, que batizou de P-61 Rocket (foto), e pretendia produzir em série.

A empreitada falhou por falta de apoio financeiro, e propriedade do nome Indian.

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1967

NAS CORRIDAS

Burt Munro
O desempenho da Indian Motorcycle alimentou a busca obstinada de Burt Munro por um recorde mundial de velocidade.

 

A despeito de sua condição financeira ou pelas precárias condições técnicas, o neozelandês alcançou o recorde mundial de 295,45 Km/h em 1967 no Deserto de Sal em Bonneville, nos EUA. O recorde ainda permanece, e, na verdade, a velocidade foi corrigida para 296,26 Km/h pela AMA (Associação Americana de Motociclismo) em 2014. Munro tinha 68 anos quando estabeleceu este recorde, e sua história mais tarde serviu de base para um filme popular, "The World's Fastest Indian". A motocicleta em que ele estabeleceu o recorde foi a Indian Scout 600cc que começou a ser preparada em 1926, por ele mesmo em sua garagem.

Leia mais sobre essa façanha AQUI.

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1967

FLOYD CLYMER

Em algum momento dos anos 1960, o empreendedor Floyd Clymer começa a usar o nome Indian, aparentemente sem ter adquirido os direitos sobre a marca de nenhum possuidor legal.

Isto porque a legítima detentora da marca, a empresa AMC havia falido e vendido os direitos sobre a marca para Berliner, que nunca o usou, o que resultou na caducidade da venda.

O nome foi usado para a venda de um modelo construído com motor Minarelli de 500 cc, projetado pelo engenheiro italiano Leopoldo Tartarini, da Itajet Moto. Logo após, Floyd encomendou uma motocicleta baseada na Itajet Grisson, com motor Royal Enfield Interceptor 750 cc.

Foto: Indian Italijet 50

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1969

Também produziu e vendeu uma série limitada da Indian Velo 500, baseada na Velocette, monocilíndrica produzida na sua maior parte com peças italianas, e com o quadro da Italjet, garfos frontais Marzocchi, e rodas de alumínio Borrani, resultando em uma redução de 20 kg de peso em relação à tradicional Velocette Venom.

O projeto foi interrompido devido à morte de Floyd, em 1970. Porém, 200 unidades haviam sido enviadas para os EUA e mais 50 aguardavam embarque na fábrica, as quais foram compradas por um concessionário local da Velocette.

Ao testar a moto, uma revista britânica afirmou tratar-se de uma moto com engenharia britânica e alma italiana, feita para o mercado americano. As motos foram todas vendidas.

 

Foto: Indian Velo 500

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1970-77

Após a morte de Floyd Clymer, sua viúva vendeu a empresa Floyd Clymer Imports e os direitos de uso da marca Indian ao advogado Alan Newman, que continuou a vender pequenas motocicletas com a marca. A maioria dessas motos foram produzidas em Taiwan com motorização entre 50cc e 175cc. Outras unidades foram renomeadas como mini-motocicletas italianas.

Newman planejava reviver as motos de maior cilindrada da Indian com a Indian 900, usando a Ducati 860 cc como base, e havia encomendado o projeto a Leo Tartarini da Italjet. Um único projeto chegou a ser construído.

As vendas caíram ao longo dos anos 70 e em janeiro de 1977 a Indian de Newman declarou falência e as operações foram cessadas, por causa da queda nas vendas, muito em decorrência da competição das motos japonesas de baixo custo e fácil manutenção.
 

Foto: Indian Italijet 50

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